Hoje, vamos falar de Disgrafia... Por certo, já alguém se deparou com a palavra "disgrafia" e sentiu curiosidade em saber realmente do que se trata... é então disto que vamos tratar...
A Disgrafia trata-se de perturbações da escrita que surgem em crianças, e que não correspondem a lesões cerebrais ou problemas sensoriais, mas a perturbações funcionais. Esta perturbação afecta a qualidade da escrita do sujeito, no que se refere ao traçado ou à grafia.
Todos concordamos que, o acto da escrita não é uma tarefa fácil e este gesto necessita de pré-requisitos para ser bem concretizado...
Por isso, para uma correcta execução caligráfica, a criança deverá ser capaz de:
- Encontrar o seu próprio equilíbrio postural e a forma menos tensa e cansativa de segurar o lápis;
- Orientar o espaço sobre o qual tem de escrever, e a linha sobre a qual vai colocar as letras (da esquerda para a direita);
- Associar a imagem da letra ao som e aos gestos rítmicos que lhe correspondem.
Etiologia
De acordo com Lianares (1993) as causas mais habituais da disgrafia são causas motoras, no entanto existem outros factores etiológicos:
- Causas de tipo maturativo: perturbações da lateralidade; perturbações da eficiência psicomotora.
- Causas caracteriais: factores de personalidade; factores psicoafectivos.
- Causas pedagógicas: orientação deficiente do processo de aquisição de destrezas motoras; ensino rígido e inflexível...
Características disgráficas
A criança com disgrafia apresenta uma série de sinais ou manifestações secundárias de tipo global que acompanham o seu grafismo defeituoso. As mais frequentes são as seguintes:
- Postura gráfica incorrecta;
- Forma incorrecta de segurar o instrumento com que escreve;
- Alterações na preensão e na pressão;
- Ritmo de escrita muito lento ou excessivamente rápido.
A avaliação da disgrafia é realizada através de várias provas formais além de uma avaliação informal realizada por profissionais da saúde. É importante o testemunho dos pais, professores e todas aquelas pessoas que lidam diariamente com a criança.
Intervenção na disgrafia
A Psicomotricidade na intervenção de uma criança com disgrafia pode ser abordada de três formas:
- Reeducação psicomotora de base aborda: relaxamento global e segmentar; coordenação dinâmica geral; esquema corporal; controlo postural e equilíbrio; lateralidade; organização espácio - temporal.
- Reeducação psicomotora diferenciada aborda: controlo segmentar; coordenação dinâmica das mãos.
- Reeducação visuomotora aborda: coordenação óculo - manual.
- Reeducação do grafismo aborda: reeducação grafomotora preparatória; correcção de erros específicos do grafismo (referentes a forma, tamanho, inclinação, espaçamento e ligações).
Voltarei em breve, com mais novidades...
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